Como tomar a melhor decisão?

Cientificamente o foco tem se voltado para processos internos, ocorrendo no cérebro e na mente.

Tomar decisões é uma parte fundamental da vida, e a ciência oferece insights valiosos sobre como podemos tomar as melhores decisões.

Imagem do assunto Produtividade e a regra dos dois minutos


A tomada de decisão pelo ser humano é um processo complexo que envolve diversos fatores, tanto racionais quanto emocionais. Não se trata apenas de analisar dados e informações disponíveis, mas também de considerar experiências passadas, valores pessoais e intuições. Uma boa tomada de decisão equilibra a lógica e a emoção, permitindo que o indivíduo faça escolhas que são não apenas eficazes, mas também alinhadas com seus objetivos e circunstâncias específicas. Desenvolver essa habilidade é essencial para navegar com sucesso nas diferentes esferas da vida, desde as relações pessoais até o ambiente profissional.


Dicas apoiadas pela ciência para tomar boas decisões:


  1. Pense nas consequências
    • Pode parecer um conselho clichê, mas um estudo recente publicado na revista Psychological Science indica que visualizar uma escolha como uma série de eventos futuros pode auxiliar na previsão de suas consequências. Esta técnica pode ser particularmente útil em situações específicas, como multitarefa, distração, estresse ou fadiga. Os pesquisadores notaram que as pessoas frequentemente lutam para resistir a tentações imediatas em favor de benefícios a longo prazo, muitas vezes focando nas consequências diretas de suas ações. Desse modo, a ciência sugere que antecipar os resultados futuros de uma ação pode facilitar a tomada de decisões mais acertadas.
  2. Comece pelas decisões mais simples
    • Para começar, elimine as decisões menos significativas da sua rotina, como a roupa que vai usar ou a refeição que vai comer. Se você planejar isso com semanas ou meses de antecedência, não perderá tempo decidindo entre elas. Em um artigo da revista Science, pesquisadores discutem que decisões eficientes e deliberadas demandam recursos relativo ao processo mental de percepção, memória, juízo e/ou raciocínio de maneira significativa. Eles apontam que, à medida que as decisões se tornam mais complexas, elas exercem uma pressão adicional sobre esses processos, o que pode levar a uma deterioração na qualidade das escolhas. Nesse sentido, os cientistas concluem que decisões altamente complexas podem esgotar nossa capacidade de perceber, memorizar e raciocinar.
  3. Considere suas emoções
    • Pesquisas em neurociência revelam que emoções influenciam todas as decisões, que geralmente buscam recompensas. Decisões ruins podem surgir de disfunções cerebrais ou emoções negativas. O equilíbrio entre lógica e emoção é crucial para boas escolhas. Danos ao córtex orbitofrontal, que liga emoções à razão, podem paralisar a tomada de decisões. Estudos de mostram que o medo de perdas afeta mais nossas decisões do que a alegria de ganhos.
  4. Medite antes de decidir
    • Um estudo de 2013 revelou que a meditação consciente de 15 minutos pode aprimorar a tomada de decisões. Pesquisadores demonstraram que a atenção plena pode contrabalançar hábitos arraigados e promover escolhas mais lógicas, baseadas em informações atuais, resultando em benefícios futuros. A prática da atenção plena pode permitir que áreas cerebrais como o estriado e o córtex pré-frontal avaliem melhor os custos de uma decisão, conduzindo a escolhas mais acertadas e evitando comportamentos compulsivos ou viciantes, favorecendo a saúde e o bem-estar a longo prazo.
  5. Reflita e tome decisões pela manhã
    • Para aliviar a fadiga na tomada de decisões, é aconselhável realizar escolhas importantes pela manhã. Estudos indicam que o descanso, como uma noite de sono ou uma soneca, pode revitalizar a capacidade cognitiva e melhorar a qualidade das decisões. Os cientistas também sugerem que uma refeição pode influenciar positivamente neste processo, exemplificado por juízes que tomam decisões mais equilibradas quando não estão com fome.